Encontrei o olhar da minha fada amarela preso a uma menina já crescida, no autocarro que ia em direcção à cidade.
Tinha-lhe o olhar, o ar perdido e cansado, e o sorriso (que só mostrou uma única vez, em toda a viagem).
Quis pedir-lhe para sair comigo daquele autocarro, na próxima paragem, sem fazer perguntas. E fazer-me companhia, pelo meio das árvores, em silêncio.
Mas ela só me mandou foder em pensamento, por não parar de olhar para ela.
(Minha fada, roubaram-te o olhar e o sorriso? Ou eras mesmo tu...?
Se eras, perdoa-me a indecência da minha teimosia em não parar de te olhar.
Se não eras... que se fodam eles, os estereótipos. Que nem as fadas [e as mentes esquizofrénicas, como a minha] respeitam.)
Tinha-lhe o olhar, o ar perdido e cansado, e o sorriso (que só mostrou uma única vez, em toda a viagem).
Quis pedir-lhe para sair comigo daquele autocarro, na próxima paragem, sem fazer perguntas. E fazer-me companhia, pelo meio das árvores, em silêncio.
Mas ela só me mandou foder em pensamento, por não parar de olhar para ela.
(Minha fada, roubaram-te o olhar e o sorriso? Ou eras mesmo tu...?
Se eras, perdoa-me a indecência da minha teimosia em não parar de te olhar.
Se não eras... que se fodam eles, os estereótipos. Que nem as fadas [e as mentes esquizofrénicas, como a minha] respeitam.)