Posso não ter nunca mais ninguém a pegar-me ao colo ou a deixar-me andar às cavalitas no meio do jardim. Nunca mais ninguém vai querer sair de casa comigo, com mau tempo e sem guarda-chuva, e apanhar uma molha daquelas, só para ir comprar uns botões à Baixa. Duvido que mais alguém me pessa para lhe ensinar a andar de baloiço...
Posso não poder rir mais contigo, como ríamos. Posso não ter mais telas para pintar ou janelas por onde ver o arco-íris. Posso não receber mais cartas de amor de ninguém.
Mas ainda guardo em mim o desejo de conhecer mais mundo, para além do que me mostraste e do que descobrimos juntos.
A vontade de ver (mais) longe,
presa a mil e um sonhos.
Posso não poder rir mais contigo, como ríamos. Posso não ter mais telas para pintar ou janelas por onde ver o arco-íris. Posso não receber mais cartas de amor de ninguém.
Mas ainda guardo em mim o desejo de conhecer mais mundo, para além do que me mostraste e do que descobrimos juntos.
A vontade de ver (mais) longe,
presa a mil e um sonhos.